Meu camisa 10

Existe uma velha frase ” Não podemos comparar”. Tudo bem que ela existe, mas o futebol pede passagem.
Nosso camisa 10 não entra em campo já há algum tempo.
Inúmeras circunstâncias levaram alguns craques, que poderiam ter deixado sua marca vestindo a camisa 10, a se perderem no caminho.
Até mesmo a numeração da camisa mudou. Acreditem a numeração é alta como do basquete.
A peneira leva o nome agora de avaliação e, muitas vezes, esses garotos já se apresentam com seus respectivos empresários e até com patrocínio.
Foram analisadas e estudadas alguns pontos dos quais o jogador camisa 10 sumiu.
Dentre as formas de escolha para ingressar na base de um clube, a de treinamento é a mais preocupante: o atleta hoje é forte, musculoso e alto. Sendo assim, as verdadeiras características acabam esquecidas.
Muito cuidado senhores, não pulemos etapas: deixem de lado os contratos milionários e naturalmente com a dedicação de sempre, tudo vai se concretizar.
O jogo do campo virou um meio de interesse muito grande exterminando o nosso camisa 10 dos gramados.
Saudades de vocês:
Pelé (Santos), Pita( Santos), Afonsinho ( Santos), Rivelino (Corinthians), Neto ( Corinthians),Ademir da Guia (Palmeiras), Jorge Mendonça (Palmeiras), Raí (São Paulo), Zenon( Guarani), Dicá (Ponte Preta), Zico (Flamengo), Assis ( Fluminense), Roberto Dinamite (Vasco), Mendonça (Botafogo), Dirceu Lopes (Cruzeiro), Palhinha (Cruzeiro), Humberto Ramos (Atlético MG), Ronaldo Gaúcho ( Grêmio) , Mário Sérgio (Internacional), Wilson Tadei (Grêmio), Dener (Portuguesa), Ailton Lira (Santos), Eloi (Portuguesa), Alex ( Coritiba) e Neymar que atua atualmente no futebol no exterior.

PS: Temos a esperança de Neymar resgatar a velha mística da camisa 10, mas dizem que é muita responsabilidade para o craque. Então, nos apegamos ao passado para termos um futuro melhor. Com respeito ao atleta e sem interesse próprio, o futebol agradece.