Clandestino

Um dia descobri que a minha sina clandestina é perambular sem nome na eira da beira e assim fiquei de bem com a danada

Sem imposto de renda
Sem digital ou identidade
Sem pessoa física ou jurídica

Esquecido pelas cargas tributárias fui assim ficando fátuo levitando leve passeando livre bem alto, de camarote! no balão da sorte

Aliás, lá de cima, cá embaixo só tem anão. Presidente americano é minúsculo, miss mundo é pequena e vi pela lente que todos trabalham no circo. Vestem-se de certificados e Oscar.

Dançam feito corcundas de medalhas e representam muito mal suas titularidades ridículas

Pra ficar autoridade tem que diminuir

A delícia do clandestino é passear incógnito festejar secreto socializar o nada
Alimentar-se de pomares imaginários enfeitar-se de brechós e beber até cair de farra

Clandestino quando dá na telha…namora
quando dá no saco… separa e não tem papa que proíba o divórcio nem papo que prenda na malha

Se você já percebeu que não está feliz

Vai então peregrino!
abre as portas da libertas quae se esguarita pra Bahia ou qualquer coisa que apite de gaiato no navio

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